Margareth Dutra

Não viveria sem trabalhar mesmo se ganhasse na loteria

Margareth Dutra, 60 anos
Médica

Margareth tem 60 anos, prestes a completar 61. Médica dermatologista há 35 anos, acaba de fazer uma pós-graduação em medicina integrativa e já está em vias de começar outra pós. Ela conta que trabalhar é vida, que jamais conseguiria viver sem isso e que, mesmo se ganhasse na loteria, não conseguiria viver sem exercer sua função profissional.

 

O retorno que tem de seus pacientes é algo que a faz feliz no dia a dia. No almoço, comenta com seus filhos e realmente é uma coisa que realiza qualquer médico. Diz que sente como se fosse um abraço. Tem diversos casos que marcaram sua história, mas um em particular, em que sua paciente divide sua vida entre “antes e depois da Dra. Margareth”, algo que a deixa extremamente emocionada. Comenta que são estes casos que a fazem se sentir realizada na profissão.

 

“O aprendizado que o trabalho me deu foi primeiro a independência porque mesmo quando você está associada, principalmente a mulher, você tem que ser um inteiro e encontrar outro inteiro na tua vida”. E esta independência não se relaciona ao meio externo. É algo que se conquista. Isso é algo que ensinou aos seus filhos desde sempre. Margareth tem duas filhas e um filho; ele,  faz residência em ortopedia, a mais velha é designer e estuda psicanálise. Sua caçula é estudante de medicina. Eles buscam por isso também, pela independência, pelo viver no momento presente e estarem prontos para fazer algo por alguém. “Quer coisa mais gostosa na vida do que ganhar dinheiro fazendo o que você ama? Não tem!”, sorri ela.

 

Quando comenta sobre trabalhar, deixa claro que isto vai além do sucesso. Esta independência é como uma completude, algo que o ser humano adquire com o trabalho, e o dinheiro acaba sendo uma recompensa, principalmente na área de saúde. A felicidade, para Margareth, em trabalhar com algo que se ama é ter felicidade não apenas em um momento da vida, mas ter satisfação todos os dias.

“O aprendizado que o trabalho me deu foi primeiro a independência porque mesmo quando você está associada, principalmente a mulher, você tem que ser um inteiro e encontrar outro inteiro na tua vida”.

Para Margareth, aposentadoria é algo difícil de descrever, porque não aconteceu com ela. Ela não se aposentou até hoje porque não está preocupada com isso. Mas diz que, talvez, para ela aposentadoria represente um parar de movimentos, e movimento é vida. Comenta que, ao se aposentar, você para, deixa de realizar, deixa de fazer as coisas, então nunca se preocupou ou teve interesse nisso.

 

Para incentivar os jovens e adultos, ela diz para que se preparem, estudem, porque para qualquer trabalho as pessoas devem fazer com muita alegria e amor; essa dedicação deve vir desde um gari até um astronauta que vai para a NASA, ambos devem estudar, se preparar, para se sentirem realizados e amarem o que fazem. Ela diz para que busquem aquilo que dá prazer e realização e finaliza: “o sucesso é uma consequência, não precisa ser o objetivo”.

Outras pessoas que você deveria conhecer

Assitir Video
A+ A-