“Podem me chamar de Queiróz”. Assim começa nossa conversa com Josenir Queiróz, 67 anos de idade. Ele teve diversas atividades passageiras em sua vida profissional, como camelô, vendedor, representante de empresas, vendedor de assinaturas de jornais, entre outras. Como não se identificava com nenhuma delas, não tinha “gás” para enfrentar todas as situações que estas profissões requeriam, então ele começava e logo desistia de trabalhar.

Ficava imaginando como seria ser cabeleireiro, uma profissão em que as pessoas não param de aprender, que requer muito estudo e é preciso ter prazer no aprendizado. Foi nesta profissão que se encontrou e que ocupa há 40 anos.

É uma profissão gratificante, gosta de ver uma cliente chegar e sair diferente, com as suas expectativas realizadas. Outra coisa que gratifica os profissionais da área é estar sempre em busca de aperfeiçoamento, estar atualizado com o mercado de trabalho e com as novidades que surgem.

Josenir pretende trabalhar nos salões de beleza como cabeleireiro mesmo depois da aposentadoria: “No meu caso, como eu amo trabalhar e, pra mim é gratificante, é lazer, então eu vou trabalhar até quando aguentar trabalhar”.

Josenir é incansável, com uma postura exemplar. Hoje, ele se sente melhor do que quando começou, há quase 40 anos. Hoje pode trabalhar um dia inteiro sem dor, sem cansaço.
Há anos, aprendeu a lição: as pessoas devem escolher a profissão que amam, aquela com a qual se identificam, para que cada dia sintam mais prazer e mais felicidade em exercê-la, sem esquecer de conciliar o trabalho, lazer e família. Ter equilíbrio nestas áreas é fundamental. Para Josenir, ir atrás de seus sonhos e objetivos nunca é tarde; de acordo com ele, mesmo se uma pessoa escolher uma profissão e descobrir que não foi a escolha certa, é possível mudar, pra que assim ela passe a trabalhar com algo que lhe dê prazer, por muito tempo.

Parar de trabalhar, para ele, é diferente de aposentadoria. Uma pessoa pode se aposentar pelo INSS e continuar trabalhando. Pode continuar prestando um serviço à sociedade, para as pessoas, para os clientes. Se, por acaso, alguém opta por parar de trabalhar oficialmente, ainda assim deve fazer atividades que sejam boas para a mente e para o corpo.